Vargas llosa bolsonaro

Hem / Kultur, Media & Underhållning / Vargas llosa bolsonaro

vargas llosa bolsonaro

Um homem absolutamente guiado por princípios de moralidade, decência e de respeito às leis", concluiu.

Embora tenha se demonstrado alinhado às ideias de esquerda durante a juventude, inclusive apoiando a revolução cubana de Fidel Castro, Vargas Llosa progressivamente se inclinou à direita entre os anos 1970 e 1980. No entanto, no final dos anos 1960, passou a criticar abertamente a política cultural do governo.

Em março de 1971, foi preso e, pouco depois, veio a público uma "confissão" caricatural, que lembrava os julgamentos stalinistas, provocando a fúria de muitos escritores estrangeiros amigos da Revolução.

Liderados por Goytisolo e Vargas Llosa, vários intelectuais e escritores (incluindo Sartre, Susan Sontag, Italo Calvino, Simone de Beauvoir, Octavio Paz, Alberto Moravia e Marguerite Duras) enviaram duas cartas a Fidel Castro em apoio a Padilla.

No Peru, causou estragos.

Então, não gostaria de estar na situação de ter que escolher entre Lula e Bolsonaro. "Flaubert era um reacionário. Significa sobretudo a liberdade política e de expressão, o pluralismo de ideias e valores, a tolerância, os direitos humanos... Sim, defender direitos humanos e fazer com que empresários paguem impostos.

Mas nunca esteve entre meus sonhos ser um candidato à Presidência.

De fato, foi uma mudança em minha obra. Encarar esses dois aspectos, o artista e o homem público, com alguma perspectiva e isenção é a pedra no sapato de muitos que tomam contato com seus livros.

Em repercussão na mídia, o pensador de direita vem levando a melhor sobre o ficcionista.

Ler Karl Popper, austríaco que emigrou para a Inglaterra, me impressionou tremendamente.

Isso enfureceu Castro, que fez um duro discurso contra os signatários e os proibiu de entrar em Cuba "por um tempo indefinido e infinito".

No final dos anos 1970, Mario Vargas Llosa passou a residir em Londres, já como um escritor consagrado, que podia viver daquilo que escrevia.

Foi uma fase fundamental: presenciou a ascensão de Margaret Thatcher ao poder e, ao mesmo tempo, leu — e chegou a conhecer — grandes pensadores liberais contemporâneos, como Isaiah Berlin e Karl Popper.

Em uma mudança ideológica profunda, ele adotou as ideias liberais e, desde então — assim como havia feito anteriormente com as ideias de esquerda — passou a defendê-las com unhas e dentes, tanto por escrito quanto em público.

Em 2019, em entrevista à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, disse que "o liberalismo está associado à ideia de liberdade, e acredito que a defesa das liberdades é algo absolutamente essencial".

"Para o liberalismo, o essencial são as ideias, os valores, e dentro deles a ideia de liberdade é absolutamente central.

Mais ou menos. Torço para que não elejam de novo Lula, pois ele está muito associado à corrupção.

Como a disputa se concentra em dois candidatos, sobra então Bolsonaro, que representa muitas das ideias que o senhor sempre combateu em seus livros, como o militarismo exacerbado e o autoritarismo. O país desenvolveu-se muito, mas, os pobres encontraram uma barreira que não os permitia ascender à classe média.

“Parece absolutamente irresponsável para mim”.

Continua após a publicidade

De acordo com pesquisa da Quaest Consultoria, contratada pela Genial Investimentos, o ex-presidente Lula lidera as intenções de voto no primeiro turno, com 46%, no cenário em que há mais candidatos na pesquisa estimulada.

Sobre os ataques do presidente às vacinas contra a Covid-19, disse ser “insano”.

“É absurdo se opor da maneira que ele fez”, declarou. Queria um governo de uma elite de super-homens, uma espécie de ditadura patriarcal. Em grande parte, todos eles foram vítimas de Lula, pois ele utilizava, digamos, a Presidência para corromper os governantes latino-americanos.

Seria esse seu texto mais ousado? De fato, a técnica com que é narrada essa história não é para leitores preguiçosos, é para leitores muito ativos, que tenham uma imaginação livre, pois há um jogo com a narração coral daquele grupo de adolescentes.

Mas digamos que em todos os meus livros utilizei técnicas distintas, e as técnicas, como falei, são o que permitem ao romance moderno abarcar mais espaços.

Saí do Peru para entrar no mundo latino-americano, lidei com personagens reais.

Podemos então dizer que ler esses autores liberais de alguma forma impactou sua literatura. Isso responde a uma convicção ideológica. Em 2009, Alberto Fujimori foi sentenciado a 25 anos de prisão por esquemas de manipulação de voto e por autorizar esquadrões da morte.

Continua após a publicidade

Nas redes sociais, o cientista político Daniel V Guisado destacou que o novelista apoiou candidatos derrotados em Espanha, Argentina e Bolívia nos últimos anos e brincou: “Ter o apoio de Vargas Llosa é a maior sepultura política do último século (…) Parabéns a Lula”.

O escritor peruano Mario Vargas Llosa disse, nesta quarta-feira (11), que entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT), ele "prefere Bolsonaro".

A declaração foi dada pelo Nobel de Literatura de 2010 ao participar de um evento da instituição Centro de Estudos para o Desenvolvimento (CED).

"O caso de Bolsonaro é um caso muito difícil.

[Mesmo] com as palhaçadas de Bolsonaro, Lula, não", acrescentou.

O escritor ainda falou que "Bolsonaro não é um candidato que desperte nosso entusiasmo, e cometeu muitos erros graves no governo".

Porém, ele ressalta que sua impressão é de que "o Brasil, nesse último governo, se livrou do fenômeno que abraça o nosso continente que é o da corrupção".

"O Brasil é um caso extremamente difícil de explicar.

As palhaçadas de Bolsonaro são muito difíceis de admitir, para um liberal", disse Vargas Llosa.

"Agora, entre Bolsonaro e Lula, eu prefiro Bolsonaro, desde já. Bolsonaro cresceu em seu conceito nesses quatro anos? Não, digamos que não tenho muita simpatia por Bolsonaro. Sempre escolhendo um narrador que seja o Deus Padre e também narradores personagens, mas respeitando o que os personagens podem saber enquanto personagens.

Não é o mesmo que sabe um narrador onisciente, que tem visão de conjunto.

"Havia as ditaduras militares, a falta de honestidade dos políticos, as grandes diferenças econômicas entre uma classe humilde e a pequena minoria de ricos.